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Medicina Legal

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Análise dos Pontos Característicos dos Desenhos Digitais

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Análise dos Pontos Característicos dos Desenhos Digitais

A planilha papiloscópica não permite a identificação precisa de um a pessoa. A impressão digital permite, mas a planilha papiloscópica não permite. A planilha serve apenas para excluir. Exemplo: o professor Edézio trabalha no interior. Existe um crime e vestígios foram deixados no local. Algumas impressões digitais são percebidas. O perito verifica que a impressão digital do dedo polegar é verticilo. O papiloscopista consegue identificar que aquela impressão digital possui o polegar verticilo. Verificar-se-á a planilha papiloscópica para identificar todas as pessoas que possuam o polegar verticilo, é uma forma de afunilar a pesquisa de quem é suspeito. Aqueles que não possuem o polegar verticilo não serão suspeitos.

É possível, assim, que existam várias pessoas com a mesma planilha papiloscópica.

A partir da análise das planilhas papiloscópicas, é possível fazer a exclusão de suspeitos.

Como se faz para obter a identificação precisa?

O que permite identificar precisamente alguém não é a planilha, mas a análise dos “Pontos Característicos” que existem nos desenhos digitais que formaram as impressões digitais.

O que são os pontos característicos?

São símbolos que se formam no desenho digital.

Aproximar as impressões digitais com o equipamento adequado, veremos que na verdade as linhas marginais, basais e nucleares não são linhas. Achamos que são linhas, mas são símbolos. Estes são tão pequenos, que percebemos como linhas, mas são símbolos, chamados de pontos característicos.

O papiloscopista, que analisa as impressões digitais, vai analisar os pontos característicos das impressões digitais.

Imagine a primeira linha marginal. Ela é feita na verdade de vários símbolos que formam a linha. No Brasil, a presença de 12 (doze) pontos característicos nas mesmas posições vai permitir a identificação de uma pessoa.

Exemplo: cheguei na cena do crime. Encontrei uma impressão digital. O papiloscopista divide em quadrante a impressão digital. É cediço que é muito comum encontrar apenas um fragmento, um pequeno filete de impressão digital. A partir dele é que se faz a análise. Um bom local para colher as impressões digitais é no banheiro, principalmente em cima do vaso sanitário, porque normalmente, se for um homem, para urinar, fica de pé e descansa a mão numa altura média à sua frente. Então é possível que se encontre um material significativo para a análise, mas não é o normal de acontecer.

Se o papiloscopista encontrou doze pontos característicos e a pessoa for relativamente jovem e tirou o documento de identidade relativamente recente (ele tem 25 anos e tinha 15 anos quando tirou, o DETRAN já era informatizado), a foto dele irá aparecer no sistema.  Se o documento for bem antigo, os dados ainda não constam no banco de dados. Não apareceria no sistema. Vai ver a planilha papiloscópica. Mais de 10.000 planilhas, por exemplo. Continua a investigação, fica mais robusta, surge um suspeito, então confronta o desenho digital dele com o fragmentado de impressão digital encontrado na cena do crime. Para a análise, pegará o quadrante (pegar a mesma posição do fragmento), pega a mesma linha analisada e comparar os doze pontos característicos. Se estiverem nas mesmas posições, então é a mesma pessoa.

Não basta ter os mesmos pontos característicos, eles precisam estar nas mesmas posições.

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