Direito Processual Penal
-
Sistemas Processuais PenaisSistema inquisitorial1 Tópico
-
Sistema acusatório1 Tópico
-
Sistema misto ou francês1 Tópico
-
Princípios Fundamentais do Processo PenalDa Presunção de inocência (ou da não culpabilidade)3 Tópicos
-
Princípio da ampla defesa5 Tópicos
-
Lei Processual Penal no TempoSistemas1 Tópico
-
Lei Processual com Reflexos no Direito Processual1 Tópico
-
Lei nº 9.0991 Tópico
-
Lei nº 11.7191 Tópico
-
Lei nº 13.4911 Tópico
-
Normas processuais heterotópicas1 Tópico
-
Inquérito PolicialConceito, Natureza jurídica e finalidade do inquérito policial1 Tópico
-
Investigações criminal1 Tópico
-
Instauração do inquérito policial3 Tópicos
-
Características do inquérito policial4 Tópicos
-
Indiciamento1 Tópico
-
Identificação criminal2 Tópicos
-
Conclusão do inquérito policial2 Tópicos
-
Arquivamento do inquérito policial8 Tópicos
-
Investigação Diversa2 Tópicos
-
Valor probatório do inquérito policial1 Tópico
-
Acordo de não persecução penal5 Tópicos
-
Ação Penal e Ação Civil Ex DelictoCaracterísticas do direito de ação penal1 Tópico
-
Lide no processo penal1 Tópico
-
Condições da ação penal2 Tópicos
-
Classificação das ações penais1 Tópico
-
Princípios da ação penal pública2 Tópicos
-
Princípios da ação penal de iniciativa privada3 Tópicos
-
Ação penal pública condicionada6 Tópicos
-
Ação penal de iniciativa privada6 Tópicos
-
Peça acusatória7 Tópicos
-
Aditamento à denúncia1 Tópico
-
Competência - Regras GeraisJurisdição e competência1 Tópico
-
Competência absoluta e relativa1 Tópico
-
Competência em Razão da MatériaCompetência Criminal da Justiça Militar1 Tópico
-
Competência Criminal da Justiça Eleitoral1 Tópico
-
Competência Criminal da Justiça Federal2 Tópicos
-
Competência em Razão da PessoaCompetência por prerrogativa de função3 Tópicos
-
Competência TerritorialCompetência territorial pelo lugar da infração3 Tópicos
-
Competência territorial pela residência ou domicílio do réu1 Tópico
-
Competência territorial pelo domicílio da vítima1 Tópico
-
Competência Pela Natureza da InfraçãoNatureza da Infração1 Tópico
-
Competência de JuízoCompetência por distribuição e prevenção1 Tópico
-
Competência - ModificaçãoConexão e continência2 Tópicos
-
Art. 781 Tópico
-
Teoria Geral das ProvasProva1 Tópico
-
Ônus da prova1 Tópico
-
Sistemas de avaliação da prova1 Tópico
-
Meios de Prova e Meios de Obtenção de Prova em EspécieDa prova ilegal3 Tópicos
-
Exame de corpo de delito e outras perícias2 Tópicos
-
Interrogatório3 Tópicos
-
Prova testemunhal4 Tópicos
-
Reconhecimento de pessoas e coisas e Acareação1 Tópico
-
Indícios1 Tópico
-
Busca e apreensão4 Tópicos
-
Interceptação telefônica4 Tópicos
-
PrisãoPrisão1 Tópico
-
Prisão em flagrante4 Tópicos
-
Prisão Temporária3 Tópicos
-
Prisão Preventiva6 Tópicos
-
Audiência de custódia (ou de apresentação)1 Tópico
-
Medidas Cautelares de Natureza Pessoal Diversas da PrisãoMedidas cautelares - Noções Gerais1 Tópico
-
(in) Cabimento detração1 Tópico
-
Medidas cautelares de natureza pessoal diversas da prisão. Espécies1 Tópico
-
Liberdade ProvisóriaDistinção entre relaxamento da prisão, liberdade provisória e revogação da prisão cautelar1 Tópico
-
Liberdade provisória sem fiança1 Tópico
-
Liberdade provisória com fiança2 Tópicos
-
Questões e Processos Incidentes no Processo PenalQuestões Incidentes no Processo Penal2 Tópicos
-
Questões preliminares no Processo Penal1 Tópico
-
Conflito de competência no Processo Penal2 Tópicos
-
Restituição de coisas apreendidas2 Tópicos
-
Medidas assecuratórias2 Tópicos
-
Sujeitos do Processo PenalMinistério Público no Processo Penal1 Tópico
-
Acusado3 Tópicos
-
Defensor1 Tópico
-
Comunicação de Atos ProcessuaisComunicação de Atos no Processo Penal. Espécies e Noções Gerais1 Tópico
-
Citação Real no Processo Penal1 Tópico
-
Citação Presumida no Processo Penal2 Tópicos
-
Intimação no Processo Penal1 Tópico
-
Processo e ProcedimentosProcedimento Comum Ordinário5 Tópicos
-
Procedimento Comum Sumário1 Tópico
-
Procedimento Comum Sumaríssimo9 Tópicos
-
Procedimento Especial do Tribunal do Júri28 Tópicos
-
Primeira fase
-
Audiência de Instrução
-
Pronúncia - Natureza Jurídica. Fundamentação
-
Pronúncia - In dubio pro societatis ou pro reo?
-
Aditamento e pronúncia
-
Impronúncia
-
Absolvição sumária (art. 415, CPP)
-
Absolvição sumária - recurso de ofício
-
Desclassificação (juiz)
-
Art. 422, CPP
-
Alistamento dos jurados
-
Formação do conselho de sentença
-
Desaforamento
-
Organização da pauta
-
Do julgamento
-
Sessões do Tribunal do júri
-
Instrução em plenário
-
Debates - tempo, apartes
-
Artigo 478, CPP
-
Artigo 479, CPP
-
Réplica/Tréplica
-
Quesitos - estrutura
-
Quesitos - parágrafos 4º e 5º, art. 483, CPP
-
Desclassificação própria e imprópria
-
Desclassificação feita pelo Conselho de sentença
-
Desclassificação feita pelo Conselho de sentença e crime conexo
-
Contradição entre respostas
-
Decisão contrária prova dos autos
-
Primeira fase
-
Teoria geral dos recursosTeoria Geral dos Recursos11 Tópicos
-
Natureza jurídica e sucumbência
-
Juízo de admissibilidade
-
Pressupostos recursais objetivos
-
Pressupostos recursais subjetivo
-
Recurso - Ministério Público
-
Recurso - assistente
-
Reformatio in Pejus - Direta e Indireta
-
Reformatio in Pejus - Incompetência absoluta
-
Reformatio in Pejus - Art. 383, CPP
-
Reformatio in Pejus - Tribunal do Júri
-
Reformatio in Pejus - Mellius
-
Natureza jurídica e sucumbência
-
Recursos criminais em espécieRecurso em Sentido Estrito no CPP8 Tópicos
-
Apelação4 Tópicos
-
Embargos infringentes e de nulidade2 Tópicos
-
Embargos de Declaração1 Tópico
-
Revisão Criminal6 Tópicos
Natureza jurídica. Direito ao silêncio
Natureza jurídica. Direito ao silêncio
O interrogatório é um meio de prova, porque está situado dentro do capítulo que trata da prova, ademais o interrogatório é a versão apresentada pelo réu que pode formar o convencimento do juiz, já uma segunda corrente entende que interrogatório é meio de defesa, é oportunidade que o réu tem de se defender apresentar sua versão ao juiz, ademais se fosse meio de prova ele não poderia permanecer calado, mas o entendimento que prevalece na doutrina é que o interrogatório tem natureza mista, é meio de prova e também é meio de defesa. Fato é que o interrogatório é direito subjetivo do réu e sua falta gera nulidade absoluta, veja o que dizem os artigos 185 e o artigo 564 inciso 3 do CPP:
Art. 185. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Se é absoluta ou se ela é relativa quem vai nos responder é o artigo 572 do Código de Processo Penal:
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas:
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
A contrário sensu, a primeira parte é nulidade absoluta:
As nulidades previstas no art. 564, Ill, ‘d’ e ‘e’, segunda parte” são nulidades relativas, nesse sentido, a parte que fala “e os prazos concedidos à acusação e à defesa”, portanto, a primeira parte que trata da “citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente” é caso de nulidade absoluta.
O Supremo Tribunal Federal já disse que é o tipo do prejuízo impossível de ser provado.
A falta de interrogatório do indiciado, do investigado não gera qualquer tipo de nulidade, só se faz presente a nulidade na ausência da citação do réu para ver se processar, a falta de oitiva do indiciado não gera qualquer tipo de nulidade.
Digamos que um indivíduo ao ser preso em flagrante acaba fornecendo a falsa identidade, ele passa os dados qualificativos de um primo, de um irmão, aí eu pergunto: quando o agente procede desta forma, ele está praticando o crime de falsa identidade previsto no artigo 307 do Código Penal?
307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
O tema é controvertido, uma primeira corrente com aspecto mais defensivo diz que não, porque o réu pode mentir, ademais o Estado tem outro meio de descobrir a verdadeira identidade do réu, basta submeter a identificação criminal pelo processo datiloscópico. Mas o entendimento majoritário, inclusive tranquilo hoje no Supremo Tribunal Federal, é que o agente pratica o crime de falsa identidade, vejam o que diz o artigo 187 do Código de Processo Penal:
Art. 187. O defensor do acusado não poderá intervir ou influir, de qualquer modo, nas perguntas e nas respostas.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre: (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
IV - as provas já apuradas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003)
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa
O interrogatório será constituído de duas partes, sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos, o Supremo Tribunal Federal entende que o acusado pode mentir em relação aos fatos, porque quando mente em relação a sua pessoa está incidindo sim nas penas do artigo 307 do Código Penal, está causando um dano ao outro, um dano à administração da Justiça.
Respostas